Fumar reduz expectativa de vida em 20 minutos por cigarro, aponta estudo britânico

Pesquisa revela que o consumo diário pode diminuir a longevidade em até sete horas por maço de cigarros

03/01/2025 00h00 - Atualizado em 03/01/2025 às 19h01

Por Andrella Okata

Pesquisas recentes realizadas por cientistas da University College London (UCL) revelam que cada cigarro fumado reduz, em média, cerca de 20 minutos da expectativa de vida de uma pessoa. O estudo, publicado na revista científica Addiction, analisou dados de fumantes no Reino Unido e concluiu que a perda de expectativa de vida por cigarro é de aproximadamente 17 minutos para os homens e 22 minutos para as mulheres.

A pesquisa sugere que quem fuma um maço de 20 cigarros por dia pode perder quase sete horas de vida ao longo do tempo. A principal autora do estudo, Drª Sarah Jackson, explicou que, ao fumar, o tempo perdido não ocorre apenas na parte final da vida, onde a saúde geralmente já está mais comprometida. Em vez disso, o fumo afeta períodos relativamente mais saudáveis da vida adulta.

De acordo com os dados, que foram encomendados pelo Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido, a mortalidade entre os fumantes é mais alta ao longo da vida. Os estudos britânicos, como o British Doctors Study e o Million Women Study, revelaram que pessoas que fumaram durante toda a vida podem perder até 10 anos de vida em comparação com os não-fumantes.

Embora o mal causado pelo tabagismo seja cumulativo, o estudo britânico também observa que é possível recuperar parte da expectativa de vida ao parar de fumar, especialmente se a pessoa parar em idade jovem. Aqueles que abandonam o vício ainda jovens (nos 20 ou 30 anos) podem ter uma expectativa de vida semelhante à de quem nunca fumou, enquanto os mais velhos podem recuperar menos tempo, mas ainda assim aumentar sua longevidade em relação a quem continua fumando.

Além dos impactos na longevidade, o tabagismo também afeta o sistema imunológico, tornando os fumantes mais suscetíveis a infecções, cânceres e doenças autoimunes. Estudos anteriores mostram que, mesmo ao parar de fumar, o sistema imunológico dos ex-fumantes leva anos para se recuperar completamente.


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