Segundo o Cepea, pecuária brasileira deve crescer em 2025, mas em ritmo mais lento

Demanda interna limitada e custos altos influenciam expansão do setor

06/01/2025 00h00 - Atualizado em 07/01/2025 às 02h26

Por Andrella Okata

A pecuária brasileira seguirá em expansão em 2025, mas com um ritmo menor do que o registrado no ano anterior, aponta uma análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP). Entre os fatores que impactam o setor estão o poder de compra reduzido do consumidor brasileiro, a alta nos custos de produção influenciada pelo câmbio e uma possível desaceleração no volume exportado.

“As projeções indicam um aperto no orçamento do consumidor em relação a 2024, além de uma taxa de avanço mais contida nas exportações, mesmo com a abertura de novos mercados”, avalia o Cepea.

No cenário externo, a China continuará sendo o principal destino da carne bovina brasileira. Outros mercados relevantes, como Estados Unidos, Emirados Árabes e Chile, devem manter ou ampliar suas compras. A recuperação do rebanho interno nos Estados Unidos, por exemplo, ainda não foi concluída, o que pode manter a procura elevada.

Para o Oriente Médio, espera-se um crescimento mais acelerado, e o Chile também pode apresentar expansão nas compras de carne brasileira, segundo o Cepea.

PRODUÇÃO E CUSTOS NO MERCADO INTERNO

Apesar de os produtores continuarem investindo na oferta de animais para abate, o avanço deve ser menor em comparação a 2024, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou um aumento de 19% no número de bovinos abatidos até setembro.

O alta do dólar no final de 2024 deverá pesar sobre os custos de produção nos primeiros meses do ano, forçando os consumidores a optarem por carnes mais baratas.


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