Seca de 2024 reduz em 6% as exportações de MS, afetando agropecuária e setores chave

Queda na produção agrícola, como soja e milho, impacta negativamente a balança comercial, enquanto celulose e carne bovina registram crescimento

07/01/2025 00h00 - Atualizado em 07/01/2025 às 17h49

Por redação

A seca que atingiu Mato Grosso do Sul em 2024 impactou diretamente na agropecuária e nas exportações do estado, que registraram uma queda de 6% em relação ao ano anterior. O faturamento no comércio exterior totalizou US$ 9,969 bilhões, apesar de uma retração nos principais produtos agrícolas.

A produção de soja, principal produto do agronegócio local, sofreu uma redução de 27,9%, enquanto o milho teve uma queda ainda mais acentuada, de 78%. Já o minério de ferro também foi afetado, com retração de 29%. Em contraste, a celulose e a carne bovina se destacaram com aumentos expressivos nas exportações, 79% e 33,6%, respectivamente.

Os dados, apresentados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), mostram que a seca foi devastadora para a agropecuária, com queda de 35% nas exportações desse setor. Por outro lado, a indústria de transformação apresentou um crescimento de 25%, impulsionado principalmente pela celulose, o que ajudou a atenuar os efeitos da crise.

O município de Três Lagoas, conhecido pelo forte setor celulósico, foi o maior responsável pelas exportações do estado, representando 26% do total. Ribas do Rio Pardo, com a inauguração da nova planta de celulose da Suzano em 2024, também entrou para o ranking das cidades exportadoras.


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