Por Andrella Okata
A Meta, empresa dona do Facebook e Instagram, anunciou que encerrará seu sistema de verificação de fatos, substituindo-o por um novo recurso chamado “notas de comunidade”, inspirado no modelo implementado pela plataforma X, de Elon Musk. A decisão foi revelada pelo próprio CEO da Meta, Mark Zuckerberg, em um vídeo divulgado nas redes sociais da companhia nesta terça-feira (7).
Zuckerberg afirmou que a mudança visa reduzir a remoção acidental de conteúdos e contas e aumentar a liberdade de expressão na plataforma. Ele detalhou que, ao invés de verificadores de fatos, serão os próprios usuários a contribuir com correções em postagens que considerem problemáticas, de forma semelhante ao que é feito no X. A medida será implementada inicialmente nos Estados Unidos.
Zuckerberg também aproveitou a oportunidade para criticar o modelo de moderação de conteúdo adotado em países como os da União Europeia e da América Latina. Sem apresentar provas, mencionou a existência de “tribunais secretos” nos países latino-americanos, que, segundo ele, ordenariam a remoção silenciosa de conteúdos.
O CEO da Meta afirmou que os verificadores de fatos, que antes tinham o papel de validar a veracidade das informações, foram “tendenciosos politicamente” e acabaram por prejudicar a confiança dos usuários. Além disso, Zuckerberg criticou o que chamou de "censura global" e se posicionou contra a regulação de conteúdo por governos de outros países, alegando que isso dificulta a inovação e a liberdade nas plataformas digitais.
Como parte da nova estratégia, a Meta também anunciou que as plataformas Facebook, Instagram e Threads voltarão a recomendar mais conteúdos relacionados a política, após a empresa ter reduzido esse tipo de postagem em resposta ao feedback de usuários.
A mudança de política na Meta gerou reações diversas, incluindo críticas de parceiros de verificação de fatos que não foram previamente informados sobre as alterações.
