Por redação
O governo do Chile anunciou na última terça-feira (7) a retirada de seu embaixador na Venezuela e o rompimento das relações diplomáticas com Caracas, após o regime de Gabriel Boric acusar Nicolás Maduro de fraude eleitoral nas eleições presidenciais realizadas em julho do ano passado. A medida foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do Chile.
De acordo com a chancelaria chilena, a decisão reflete a escalada dos eventos desde as eleições, nas quais Maduro se declarou vencedor, apesar das críticas internacionais sobre a validade do processo. O comunicado oficial destacou que a Venezuela, sob a liderança de Maduro, “perpetuou uma fraude eleitoral” que resultou na reeleição do presidente, que assumirá seu terceiro mandato no próximo dia 10 de janeiro.
Após o pleito de julho, Maduro expulsou o corpo diplomático de diversos países que contestaram sua reeleição, incluindo o Chile, que continuou com a presença do embaixador Jaime Gazmuri em Caracas.
Para o governo chileno, a expulsão dos diplomatas e a falta de abertura ao diálogo dificultaram uma solução pacífica para a crise política venezuelana.
O rompimento de relações entre Santiago e Caracas ocorre a poucos dias da posse de Maduro, marcada para esta sexta-feira (10). Maduro se prepara para iniciar seu terceiro mandato consecutivo.
A situação permanece tensa, com o opositor Edmundo González planejando retornar do exílio para assumir a o Palácio de Miraflores na mesma data.