Chile rompe relações diplomáticas com Venezuela e retira embaixador após acusações de fraude eleitoral

Decisão é resposta a eventos após as eleições presidenciais de 2024, marcadas por polêmicas sobre legitimidade da vitória de Maduro

08/01/2025 00h00 - Atualizado em 08/01/2025 às 15h24

Por redação

O governo do Chile anunciou na última terça-feira (7) a retirada de seu embaixador na Venezuela e o rompimento das relações diplomáticas com Caracas, após o regime de Gabriel Boric acusar Nicolás Maduro de fraude eleitoral nas eleições presidenciais realizadas em julho do ano passado. A medida foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do Chile.

De acordo com a chancelaria chilena, a decisão reflete a escalada dos eventos desde as eleições, nas quais Maduro se declarou vencedor, apesar das críticas internacionais sobre a validade do processo. O comunicado oficial destacou que a Venezuela, sob a liderança de Maduro, “perpetuou uma fraude eleitoral” que resultou na reeleição do presidente, que assumirá seu terceiro mandato no próximo dia 10 de janeiro.

Após o pleito de julho, Maduro expulsou o corpo diplomático de diversos países que contestaram sua reeleição, incluindo o Chile, que continuou com a presença do embaixador Jaime Gazmuri em Caracas.

Para o governo chileno, a expulsão dos diplomatas e a falta de abertura ao diálogo dificultaram uma solução pacífica para a crise política venezuelana.

O rompimento de relações entre Santiago e Caracas ocorre a poucos dias da posse de Maduro, marcada para esta sexta-feira (10). Maduro se prepara para iniciar seu terceiro mandato consecutivo.

A situação permanece tensa, com o opositor Edmundo González planejando retornar do exílio para assumir a o Palácio de Miraflores na mesma data.


Notícias Relacionadas »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp