Por Andrella Okata
A doença de Alzheimer, condição que afeta mais de 50 milhões de pessoas globalmente, pode ter seu cuidado transformado com os avanços recentes na medicina, que possibilitam o desenvolvimento de medicamentos capazes de retardar o progresso da doença e reduzir seus efeitos. Especialistas apontam que estamos próximos de uma "nova era" no tratamento da doença, com terapias mais eficazes e acessíveis.
Em 2024, a Agência Europeia de Medicamentos aprovou o uso do Lecanemab, um fármaco que tem mostrado sucesso em retardar o avanço da doença em seus estágios iniciais. Contudo, sua aprovação foi inicialmente adiada devido aos efeitos colaterais, como inchaço cerebral e hemorragias, além do elevado custo.
Uma das opções promissoras é o semaglutida, uma droga que está sendo testada em forma de comprimido e que, segundo os pesquisadores, pode ajudar a reduzir a inflamação – um dos principais mecanismos da doença. Espera-se que os resultados dos testes sejam divulgados em 2025, o que pode marcar um marco importante no combate ao Alzheimer.
Estudos em andamento indicam que novos tratamentos podem ser administrados de forma mais simples, como injeções subcutâneas, ao invés de intravenosas, facilitando o acesso em locais com infraestrutura limitada. Além disso, os pesquisadores estão concentrados no desenvolvimento de medicamentos orais, como comprimidos que poderiam ser tomados uma vez por dia, simplificando ainda mais o tratamento.
Embora os cientistas tenham feito grandes progressos no entendimento da biologia da doença, ainda não existe uma cura definitiva. No entanto, os especialistas acreditam que até 40% dos casos de Alzheimer poderiam ser evitados com a adoção de hábitos mais saudáveis, como parar de fumar, reduzir o consumo de álcool e combater a poluição.