Por Lauren Netto
Mato Grosso do Sul enfrenta uma semana de calor extremo devido à intensificação de uma bolha de calor que estacionou sobre o Estado. De acordo com a Metsul Meteorologia, o fenômeno deve elevar as temperaturas a níveis recordes, especialmente nas regiões oeste e centro-sul.
Na última semana, o Estado liderou o ranking de temperaturas mais altas do Brasil. Porto Murtinho registrou 41,8°C na sexta-feira (10), marca mais elevada do país em 2024 segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Amambai, com 40,3°C, e Campo Grande, com 36,2°C, também figuraram entre as maiores máximas nacionais.
A previsão para os próximos dias mantém o cenário de calor extremo. Porto Murtinho deve alcançar 41°C já nesta segunda-feira (13), com sensação térmica ainda maior. Campo Grande terá temperaturas variando entre 22°C e 37°C, podendo chegar a 39°C na quarta-feira (15). Pancadas de chuva e trovoadas isoladas são esperadas a partir de terça-feira (14), mas a baixa umidade do ar, que pode chegar a 20%, agrava o desconforto.
No norte do Estado, áreas próximas às divisas com Mato Grosso e Goiás estão sob alerta para temporais. Nessas regiões, chuvas moderadas a fortes devem aliviar parcialmente o calor.
O impacto da bolha de calor
Especialistas explicam que a falta de nebulosidade e chuva amplia as horas de sol forte, aquecendo o ar de forma anormal e originando a bolha de calor. Esse fenômeno, combinado ao efeito do La Niña, que redireciona os corredores de umidade para o norte do Centro-Oeste, exclui Mato Grosso do Sul das áreas com precipitações frequentes.
As condições climáticas colocam a saúde em risco, especialmente com a baixa umidade do ar. Autoridades alertam para cuidados extras, como hidratação constante e evitar exposição prolongada ao sol.