Por Lauren Netto
O TikTok está oficialmente indisponível nos Estados Unidos após uma decisão do Supremo Tribunal que autorizou a implementação de uma lei federal proibindo o uso da plataforma no país. A medida é justificada por supostos riscos à segurança nacional, devido à ligação do aplicativo com a empresa chinesa ByteDance.
Desde a entrada em vigor da lei, a plataforma foi retirada das principais lojas de aplicativos, como as da Apple e Google, e seu site exibe uma mensagem informando a indisponibilidade temporária. No entanto, a ByteDance mantém esperanças de que a situação seja revertida após a posse do novo presidente, Donald Trump, que sinalizou a possibilidade de conceder uma extensão de 90 dias para a operação do aplicativo.
Impactos e motivações do bloqueio
A decisão de bloquear o TikTok foi fundamentada em preocupações com a coleta de dados dos usuários norte-americanos, que, segundo as autoridades, poderiam ser acessados pelo governo chinês. Também foram levantadas questões sobre a manipulação do algoritmo da plataforma para influenciar conteúdos. Apesar das acusações, até o momento, os EUA não apresentaram provas concretas de que o TikTok tenha cedido dados ou favorecido interesses chineses.
A lei que motivou o bloqueio foi aprovada em abril e integrava um pacote de ajuda externa. Após ser sancionada pelo presidente Joe Biden, a ByteDance recorreu à justiça, mas o Supremo Tribunal decidiu, por unanimidade, que os riscos à segurança nacional superavam as preocupações relacionadas à liberdade de expressão dos usuários.
Futuro do TikTok nos EUA
A possibilidade de o TikTok voltar a operar nos EUA dependerá de negociações políticas e empresariais. Trump sugeriu que pode conceder um prazo adicional para a plataforma continuar funcionando, enquanto uma solução definitiva é discutida. A ByteDance, porém, já declarou que não venderá o TikTok, embora empresas como Perplexity AI e investidores liderados por Kevin O'Leary tenham demonstrado interesse em adquirir as operações norte-americanas da plataforma.
Enquanto isso, o bloqueio traz incertezas para os 170 milhões de usuários nos EUA e reforça o debate sobre privacidade, segurança e controle digital em escala global.