Adolescentes são maioria na fila da adoção em MS; estado registra o maior número de crianças à espera de famílias no Centro-Oeste

Com 141 jovens cadastrados, estado enfrenta desafios para adoção de adolescentes e crianças com deficiência

26/01/2025 00h00 - Atualizado em 27/01/2025 às 14h29

Por Lauren Netto

Mato Grosso do Sul tem 141 crianças e adolescentes disponíveis para adoção, segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), vinculado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O estado é o 10º do país com maior número de jovens à espera de um lar.

A maioria das crianças (69%) é parda, e 88 delas têm idades entre 10 e 17 anos, o que representa o maior desafio para adoção, já que a preferência dos adotantes costuma recair sobre crianças mais novas. Na faixa etária de 12 a 14 anos, por exemplo, estão 26 jovens disponíveis, seguidos por 21 adolescentes acima de 17 anos e outros 21 na faixa entre 10 e 12 anos.

Por outro lado, o número de crianças menores de dois anos disponíveis para adoção é reduzido, com apenas 7 registros. O levantamento também aponta que o grupo inclui 76 meninos e 65 meninas, sendo 30 deles com algum tipo de deficiência física ou intelectual.

Além disso, 66% das crianças têm pelo menos um irmão, fator que frequentemente dificulta o processo, já que o SNA busca manter os laços familiares.

Comparação Nacional

O estado lidera o ranking de crianças à espera de adoção na Região Centro-Oeste, seguido por Goiás (127), Distrito Federal (65) e Mato Grosso (53). No panorama nacional, São Paulo lidera com 1.086 crianças disponíveis, seguido por Minas Gerais (640) e Paraná (529).

No entanto, em Mato Grosso do Sul, apenas 57 das 141 crianças disponíveis estão vinculadas a pretendentes cadastrados, o que significa que cerca de 40% têm perspectiva de adoção nos próximos meses.

Processo de Adoção

O processo de adoção no Brasil é gratuito e começa na Vara da Infância e Juventude mais próxima da residência do interessado. A idade mínima para se habilitar à adoção é 18 anos, independentemente do estado civil, desde que seja respeitada uma diferença mínima de 16 anos entre adotante e adotado.

O SNA, criado em 2019, unifica o Cadastro Nacional de Adoção e o Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas, permitindo maior eficiência na busca por famílias adotivas.


Notícias Relacionadas »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp