Por redação
A citricultura em Mato Grosso do Sul segue em expansão e já alcançou 11 municípios, com uma área total plantada de aproximadamente 30 mil hectares. O crescimento do setor tem gerado empregos e impulsionado a economia local, mas agora o foco está na contratação de mão de obra para atender à demanda de colheita e cultivo das lavouras.
O processo de instalação das novas plantações já está em andamento nos municípios de Campo Grande, Sidrolândia, Ribas do Rio Pardo, Paranaíba, Cassilândia, Aparecida do Taboado, Três Lagoas, Brasilândia, Bataguassu, Naviraí e Dois Irmãos do Buriti. Algumas dessas localidades, como Sidrolândia, Ribas do Rio Pardo e Paranaíba, já começaram o plantio.
A expansão da citricultura em MS também surge como uma resposta à crise de greening (doença que afeta a laranja) em São Paulo. O estado adotou uma legislação rigorosa para evitar a propagação da doença, com "tolerância zero" para plantas contaminadas. A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) alertou sobre o risco da compra de mudas irregulares e orientou a erradicação de qualquer árvore contaminada.
O tempo de produção de laranjas é de três anos, com estabilização a partir do quinto ano. Para a instalação de uma indústria no estado, é necessário ter um mínimo de 32 milhões de caixas de laranja. Para projetos de grande escala, como um de mil hectares, são esperados investimentos de R$ 100 milhões, gerando 100 empregos diretos durante a colheita e até 400 postos de trabalho posteriormente.
A qualificação da mão de obra e a infraestrutura para acolher os trabalhadores continuam sendo pontos-chave para garantir o sucesso da citricultura no estado diante da crescente demanda.