Por Andrella Okata
Porto Murtinho, a 448 quilômetros de Campo Grande, continua a registrar temperaturas elevadas, e, nos primeiros 28 dias de janeiro, esteve no topo da lista das cidades mais quentes do Brasil em 18 desses dias. A cidade, localizada na fronteira com o Paraguai e às margens do rio Paraguai, tem sido atingida pela seca extrema e as altas temperaturas que persistem desde 2024.
No início de janeiro, Porto Murtinho enfrentou 12 dias consecutivos de calor intenso, seguidos por uma breve trégua de cinco dias. Contudo, no dia 28 de janeiro, o município voltou a registrar a maior temperatura do país, completando cinco dias seguidos como a cidade mais quente.
A meteorologia explica que o município ainda sofre os efeitos do El Niño, que provoca uma intensa radiação solar e a falta de chuvas e nuvens, o que contribui para o aumento das temperaturas. Vinícius Sperling, meteorologista do Centro de Meteorologia do Tempo e do Clima de MS (Cemtec), destaca que a atmosfera da região demora a se ajustar e, apesar da presença do La Niña, os efeitos de resfriamento esperados têm sido fracos.
Nos últimos dias, Porto Murtinho registrou temperaturas extremas, como 41,4°C no dia 25 de janeiro e 40,7°C em 28 de janeiro, enquanto outras cidades como Corumbá, Miranda e Aquidauana também apresentaram altas temperaturas, embora sem superar o recorde do município fronteiriço.
