Por Andrella Okata
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira (31) que, em fevereiro, as contas de luz seguirão com a bandeira verde, sem a aplicação de acréscimos. A decisão é um reflexo das boas condições de geração de energia no Brasil, impulsionadas pela alta nos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, beneficiadas pelas chuvas.
Este será o terceiro mês consecutivo sem a cobrança adicional para os consumidores. A bandeira tarifária, que varia de acordo com os custos de geração de energia, tem como base a análise do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que define a melhor estratégia para atender à demanda de energia.
Em meses de maior volume de chuvas, como ocorre no período de novembro a janeiro, os reservatórios das hidrelétricas se tornam mais cheios, dispensando o uso das termoelétricas, que são mais caras e poluentes. Esse fator contribui para a manutenção da bandeira verde, sem custos extras.
O sistema de bandeiras tarifárias, em vigor desde 2015, visa alertar os consumidores sobre a necessidade de economizar energia em momentos de aumento nos custos de geração elétrica. As bandeiras vermelha e amarela, quando em vigor, geram acréscimos no valor das contas de luz, variando de R$ 1,88 a R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. Em 2021, a bandeira de escassez hídrica chegou a adicionar R$ 14,20 extras a cada 100 kWh consumidos.
