Por redação
Com um investimento de R$ 6,7 milhões, a Bacia do Rio Taquari, uma das áreas mais impactadas do Pantanal, será alvo de um projeto ambicioso de restauração ambiental. A ação, intitulada "Caminhos das Nascentes: restauração ambiental na Bacia do Taquari", tem como objetivo recuperar 378 hectares de áreas degradadas e combater problemas como erosão e assoreamento, que ameaçam a qualidade da água e a biodiversidade local.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Instituto Taquari Vivo, SOS Pantanal, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Prefeitura de Alcinópolis. O projeto foi aprovado pelo Edital Floresta Viva – Corredores de Biodiversidade e deve ser executado ao longo de quatro anos.
COMBATE À DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
As ações de restauração se concentrarão em áreas estratégicas, incluindo o Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari e o Monumento Natural Municipal Serra do Bom Jardim, nos municípios de Costa Rica e Alcinópolis. Técnicas de restauração ativa, como o plantio de árvores e a adoção de práticas de manejo do solo e da água, serão utilizadas para restabelecer a vegetação nativa e promover a conservação dos recursos naturais.
O projeto também prevê a capacitação de mais de 160 produtores rurais, que receberão treinamento para adotar práticas agrícolas sustentáveis. Além disso, a iniciativa deve impulsionar a geração de empregos, fortalecendo a cadeia produtiva da restauração ecológica e aumentando a demanda por sementes e mudas nativas.
Para Leonardo Gomes, diretor-executivo da SOS Pantanal, a proposta é um marco na preservação ambiental da região. "Este é um esforço conjunto entre setor público, privado e acadêmico para revitalizar um dos principais rios do Pantanal, com o objetivo de restaurar sua biodiversidade e garantir sua saúde a longo prazo", afirmou.
Coordenado por Letícia Koutchin Reis, o projeto visa transformar a Bacia do Taquari em um exemplo de recuperação ambiental aliado a práticas produtivas sustentáveis. A iniciativa é financiada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e integra um programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), voltado para projetos de restauração com espécies nativas em todo o Brasil.