Por Lauren Netto
Mato Grosso do Sul registrou, em 2024, sua menor taxa média anual de desocupação desde 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento aponta que o estado fechou o ano com taxa de desemprego de 3,9%, ficando entre as menores do Brasil.
Além de Mato Grosso do Sul, outros 13 estados alcançaram as menores taxas da série histórica iniciada em 2012. O ranking foi liderado por Mato Grosso (2,6%), seguido por Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%). MS ficou na quarta posição, ao lado do Espírito Santo, que registrou o mesmo percentual.
Na outra ponta, as maiores taxas médias anuais de desocupação em 2024 foram observadas na Bahia e em Pernambuco (10,8%), seguidos pelo Distrito Federal (9,6%) e pelo Rio de Janeiro (9,3%).
Desemprego no Brasil também tem menor índice da série
No cenário nacional, a taxa de desocupação média anual caiu de 7,8% em 2023 para 6,6% em 2024, o menor nível desde o início da série histórica. No quarto trimestre do ano passado, o índice ficou em 6,2%, sem variação significativa em relação ao trimestre anterior (6,4%), mas com queda de 1,2 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2023.
O levantamento também apontou que a taxa de subutilização da força de trabalho no Brasil ficou em 16,2%, enquanto a informalidade atingiu 39% dos trabalhadores. O rendimento médio real habitual no país foi de R$ 3.225.
MS tem alta ocupação e rendimento acima da média nacional
Mato Grosso do Sul também se destacou no nível de ocupação, que chegou a 63%, o quarto maior do país. O estado ficou atrás apenas de Mato Grosso (68,4%), Santa Catarina (67%) e Goiás (65,3%).
Já na taxa de informalidade, MS aparece na sexta colocação, com 32,7%, atrás do Rio Grande do Sul e Paraná (31,9%), São Paulo (31,1%), Distrito Federal (29,6%) e Santa Catarina (26,4%).
No quesito rendimento, os trabalhadores de Mato Grosso do Sul receberam, em média, R$ 3.390 em 2024, valor superior à média nacional. As maiores remunerações foram registradas no Distrito Federal (R$ 5.043), São Paulo (R$ 3.907) e Paraná (R$ 3.758).