Por redação
Mato Grosso do Sul avança na estruturação da infraestrutura aduaneira e de segurança para a Rota Bioceânica, corredor logístico que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico por meio de Paraguai, Argentina e Chile. A expectativa é que, com a implementação de um novo sistema alfandegário, o tempo de espera nos processos de importação e exportação seja reduzido em até 90%, passando de 20 dias para, no máximo, dois.
Atualmente, o escoamento da produção entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai ocorre por Ponta Porã, na fronteira com Pedro Juan Caballero. Com a nova rota, a fiscalização passará a ser feita em Porto Murtinho, onde está em construção a ponte internacional que integrará o corredor bioceânico. Para isso, está prevista a criação de um complexo aduaneiro com a presença de órgãos como Receita Federal, Anvisa e Polícia Federal.
Além das questões logísticas, a segurança no trajeto é uma das principais preocupações das autoridades. Está em planejamento um Centro Integrado de Controle de Fronteira, que reunirá agentes dos quatro países envolvidos para coibir crimes transnacionais e garantir a fiscalização eficiente de mercadorias e passageiros. O uso de tecnologias como reconhecimento facial e monitoramento por satélite também está entre as propostas para otimizar o controle aduaneiro.
A importância da Rota Bioceânica será discutida no Seminário Internacional da Rota Bioceânica, entre os dias 18 e 20 de fevereiro, em Campo Grande. O evento reunirá representantes do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile para tratar de infraestrutura, logística, segurança e oportunidades comerciais resultantes da nova conexão.
O acesso à ponte e a modernização das rodovias no Mato Grosso do Sul tende a impulsionar o comércio exterior, reduzir custos de transporte e ampliar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado asiático.
