Por Andrella Okata
O Ministério das Mulheres solicitou à Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul a abertura de um procedimento investigativo para apurar o atendimento prestado à jornalista Vanessa Ricarte, assassinada pelo ex-noivo Caio Nascimento na última quarta-feira (14). O pedido também foi encaminhado ao Ministério Público, que deverá avaliar as providências cabíveis.
Em nota oficial, o governo federal destacou seu papel na fiscalização da efetividade das políticas de proteção às mulheres. “No papel de monitorar, supervisionar e fiscalizar a efetividade das políticas e serviços destinados a mulheres em situação de violência, o Ministério das Mulheres encaminhou um ofício à Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul solicitando a abertura de procedimento investigativo para apurar o atendimento prestado à jornalista Vanessa Ricarte.”
A repercussão do caso aumentou após a divulgação de um áudio em que Vanessa relata ter informado, durante atendimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Campo Grande, que retornaria para casa, onde estava o agressor. A decisão, segundo a nota do governo federal, contrariava protocolos de segurança. “O percurso não poderia ter ocorrido sem a escolta da Patrulha Maria da Penha, de acordo com o protocolo de avaliação de risco para mulheres em situação de violência e que orienta o atendimento na Casa da Mulher Brasileira.”
Diante da gravidade da situação, representantes do Ministério das Mulheres virão a Campo Grande neste final de semana para dialogar com a rede de atendimento.
O governo federal reafirmou o compromisso com o combate à violência de gênero. “O órgão se solidariza com familiares, amigos e amigas de Vanessa e reafirma o compromisso de atuar pela prevenção e enfrentamento a todos os tipos de violência contra as mulheres, em especial o feminicídio, com investimentos em diversas políticas públicas focadas em informação e em atendimento. Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada.”
O governo de Mato Grosso do Sul ainda não se manifestou sobre o pedido de investigação.
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