Por Lauren Netto
O Ministério da Saúde inicia uma mobilização nacional para vacinar adolescentes de 15 a 19 anos que ainda não receberam a imunização contra o papilomavírus humano (HPV). Campo Grande faz parte da estratégia, onde mais de 49 mil jovens ainda não foram vacinados.
A campanha busca corrigir a baixa cobertura vacinal registrada desde 2014, quando a vacina foi introduzida no Brasil. O objetivo é proteger adolescentes de doenças associadas ao HPV, incluindo o câncer de colo do útero.
Ao todo, 120 municípios brasileiros foram incluídos na ação, totalizando 2,95 milhões de adolescentes que devem ser alcançados. A meta do governo federal é vacinar ao menos 90% desse público.
Mobilização nos municípios
Os estados e municípios deverão elaborar planos estratégicos para garantir que a vacina chegue aos adolescentes que não foram imunizados. Ações como vacinação em escolas, faculdades e unidades de saúde estão entre as medidas previstas.
A vacina contra o HPV está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é considerada a forma mais eficaz de prevenção contra o vírus.
HPV: riscos e prevenção
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível altamente frequente no mundo. O vírus está relacionado a quase 100% dos casos de câncer de colo do útero, além de outros tumores em homens e mulheres. Também pode provocar verrugas na região genital.
Na maioria dos casos, a infecção não apresenta sintomas e pode permanecer latente por anos. Em algumas situações, pode se manifestar com lesões clínicas, como verrugas, ou de forma subclínica, sem sinais visíveis.
O tratamento das lesões consiste na remoção das verrugas, mas não elimina o vírus, o que pode levar ao reaparecimento das lesões. Por isso, a vacinação é essencial para prevenir a infecção e reduzir os riscos de complicações associadas ao HPV.