Jejum e emagrecimento: O jejum intermitente seria a melhor estratégia para emagrecer?

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10/12/2022 00h00 - Atualizado em 22/02/2023 às 14h22

Na luta eterna pelo emagrecimento, uma estratégia alimentar ganhou atenção por sua praticidade e se popularizou pelos diversos benefícios ao organismo. Algo que, na verdade, é praticado desde os primórdios em que não se possuía alimento ao alcance das mãos como nos tempos de hoje.

O jejum, por definição, é um espaço de tempo que não se entra aporte alimentar, um momento não alimentado. Existem dois tipos: o jejum calórico e o metabólico. No jejum calórico, não entra nenhum tipo de caloria, já no jejum metabólico, o impacto hormonal não acontece, ou seja, a insulina não é ativada de forma significante.

O tempo de jejum irá depender do objetivo, do cotidiano, da intensidade dos exercícios físicos, da estratégia nutricional, da cetoadaptação, flexibilidade mitocondrial, de patologias e da idade.

Quando buscamos o emagrecimento, jejuns de 16h a 18h, de 2 a 3 vezes na semana, auxiliam no processo de biogênese mitocondrial, betaoxidação e cetoadaptação. Para a autofagia - que é a regeneração natural que ocorre em nível celular no corpo, reduzindo a probabilidade do surgimento de algumas doenças, aumentando a longevidade - é indicado jejuns mais longos de 18 a 24h, 1 a 2 vezes na semana, que podem ser feitos, porém sempre aconselhado por um profissional de acordo com a capacidade de cetoadaptação.

Quando falamos de emagrecimento, não importa a estratégia escolhida, é necessário o déficit calórico. Todos nós temos uma taxa de metabolismo basal (TMB), que é o mínimo de energia necessária para manter as funções básicas do organismo funcionando. A partir desse número, e após observar a rotina de cada um, é possível calcular o gasto energético total (GET). A partir desse cálculo, subtraímos 10% a 15% do resultado para alcançar o déficit calórico necessário para perder peso. A grosso modo, para emagrecer, você precisa comer menos do que o seu corpo gasta.

Escolher a estratégia do jejum intermitente para alcançar esse déficit pode beneficiar principalmente pessoas que precisam reduzir a glicemia, insulina e pressão arterial, além de melhorar a sensibilidade à insulina e à leptina. Pessoas com a rotina corrida, que não conseguem fracionar muito as refeições durante o dia também costumam ter mais adesão a dieta com esse tipo de estratégia.

Nesse universo sobre o jejum, há dúvidas comuns entre os interessados. O que quebra o jejum? E como devo fazer isso? Há uma diferença entre jejum calórico e jejum metabólico. Chás, café e água não quebram o jejum calórico, ou seja, não possuem calorias. Já shots de limão, café ou chás com TCM ou C8 (ácido caprílico) não quebram o jejum metabólico, isto é, mantêm o organismo em um estado de cetose, produzindo corpos cetônicos como fonte energética. E foi no meio desses questionamentos que o café com óleo de coco entrou em destaque.

A minha orientação é: quebrar o jejum sempre com uma refeição de carga glicêmica baixa, gorduras boas, quantidade moderada de proteína, muitos fitoquímicos, vitaminas, minerais e eletrólitos. Por exemplo, uma colher de óleo de abacate, suco de limão, uma boa salada com verdes variados, mix de legumes e alguma fonte proteica como frango, peixe, ovos ou carne bovina.


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