Qual a sua vocação? O impacto da maternidade na vida profissional da mulher

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20/04/2022 00h00 - Atualizado em 23/05/2022 às 13h37

Em algum momento da vida - especialmente nós, mulheres - nos perguntamos qual a nossa vocação. Se você é mulher e tem mais de 25 anos, esse pensamento certamente já lhe tirou algumas noites de sono! Nos invade aquele sentimento de dúvida, se estamos no caminho certo, ou se devemos fazer uma curva e tomar um rumo totalmente diferente do trilhado até o momento.

Comigo não foi diferente. Aos 30 anos, amadurecendo a vida profissional, veio o casamento e a primeira gestação. Então tudo mudou! A mulher, diferente do homem, precisa parar com a maternidade e, pelo menos por um instante, a pausa é necessária. Pausamos a própria vida para respirar a dos filhos. É nesse momento que aquela dúvida sobre vocação lateja mais forte em nossas cabeças!

Mas logo depois da avalanche de novidades que é a vida da mãe de primeira viagem, inicia-se uma nova fase, com descobertas, desafios e com a tentativa de conciliar a vida de antes à nova realidade. Aos poucos, tudo vai retornando ao considerado “normal” e, consequentemente, o trabalho volta a fazer parte das prioridades. Mas uma coisa é certa: nunca mais será como antes!

Pois, por trás de uma mãe profissional, existe um mundo invisível. Existe uma lista interminável de recomendações para o novo cuidador do bebê, seja a avó, a babá, o pai, a creche, a escola. Existem medos, incertezas, dúvidas, culpa... existe uma programação, geralmente apertada, na qual os minutos importam muito e, mais ainda, a qual exige uma tremenda organização. Além disso, existe a saudade, que muitas vezes vem acompanhada do nó na garganta e do choro.

Nessa avalanche de sentimentos, no meu caso, veio a segunda gestação, em menos de 2 anos, e a vida, que estava entrando em curso, novamente virou de pernas pro ar, agora de uma forma muito mais intensa, multiplicada por dois! Mais uma vez, foi necessário pausar. Dessa vez, pude enxergar essa pausa de uma forma mais sublime, como o exercício da nossa vocação. Só então compreendi que é exatamente no pausar da vida que fortalecemos o vínculo com nossos filhos e que construímos as memórias mais significativas da nossa família.

Nos primeiros meses, o trabalho ocupou um espaço distante nos meus planos, mas ainda ocupava um espaço enorme no meu coração! Com o passar dos meses, me instalei na realidade apresentada e percebi que conseguia dar conta de tudo, mas já é a hora de retornar ao trabalho, de novo.

A mulher acaba dando um jeito de conciliar família e vida profissional, afinal, sempre damos um jeito pra tudo. Não que seja fácil, nem mesmo nos dá uma sensação de certeza e de ter escolhido o melhor caminho, as dúvidas continuam fazendo parte dos nossos pensamentos, independente da escolha que fazemos. “Estou sendo boa mãe?”, “Estou me dedicando inteiramente ao meu trabalho?”, “Estou exercendo minha vocação?”. Seguimos em frente...

E chegamos à conclusão de que vocação é exatamente isso: é um chamado para servir. É estar no lugar em que se foi chamada a estar, instalada na sua verdadeira realidade do presente. É exercer a função a que foi convocada a exercer: mãe ou profissional, ou ainda, mãe e profissional.

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