A pandemia trouxe diversas mudanças no comportamento do consumidor em nível mundial. Nunca se valorizou tanto estar mais tempo dentro de casa e, por isso, a venda de itens que agregam valor a este momento também aumentou. Nunca se vendeu tantos livros, computadores, instrumentos musicais e, obviamente, vinhos.
Entre janeiro e setembro de 2020, o aumento do consumo de vinho no Brasil chegou a 37,2%. Pegando carona no crescimento das importações, o vinho brasileiro também se destacou. Fatores como aumento do dólar e dos combustíveis - e, consequentemente, do frete - canalizaram o interesse do consumidor de vinhos importados para o produto nacional, que vive momentos singulares e excepcionais. Exemplo disso são as duas melhores safras da história do Brasil, em 2018 e 2020, que trouxeram ao nosso vinho uma qualidade inigualável.
O Brasil merece esse momento, pois suas dimensões continentais ofertam uma imensidão de terroirs, gerando vinhos com singularidade, ousadia e muita, mas muita qualidade. O estado do Rio Grande do Sul é privilegiado por sua localização geográfica e possui o maior volume de produção no Brasil, ficando no mesmo paralelo que países produtores de vinhos excepcionais.
Os paralelos 30 e 50 do Hemisfério Sul abrangem países como o Chile, que está entre os 10 maiores produtores do mundo em volume; a Argentina, produtora dos vinhos Malbec mais cobiçados do mundo e casa do renomado Grupo Catena Zapata (atualmente, a segunda marca mais admirada de vinhos do planeta); o Uruguai, que faz fama pelo refinado vinho da casta Tannat; a África do Sul que brilha com sua emblemática casta, a Pinotage; além da Austrália com seus Shiraz entre os mais caros do mundo e o fresco Sauvignon Blanc da Nova Zelândia.
Já o Brasil encanta com vinhos nordestinos em locais com mais de uma colheita por ano, como os mágicos vinhos da Serra da Mantiqueira, onde a técnica de cultivo da videira, conhecida por “dupla poda”, permite que a geração de frutos com excelente maturação e, consequentemente, vinhos com elegância e requinte dignos de serem comparados aos tradicionais vinhos finos do velho continente.
Outros estados brasileiros afloram para o vinho fino como o Espírito Santo, que reluz com o refinado vinho Tabocas Madeira Cabernet Sauvignon, da safra de 2018, o único vinho do mundo envelhecido em barricas de madeira de jequitibá rosa da Amazônia, expressando elegância e rusticidade.
Em Santa Catarina, graças à altitude que varia entre 900 a 1400 metros, o estado se expressa com vinhos únicos, encorpados e com complexidade aromática e gustativa que surpreende até os mais exigentes paladares.
Toda essa riqueza do nosso Brasil, expressada através do vinho, já está no radar do mercado externo fazendo com que nossos rótulos sejam exportados para mais de 120 países.
O Brasil já está mostrando sua cara no mundo dos vinhos, com sorriso, simpatia e muito orgulho.
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