“Agribussiness”, o conceito apresentado em 1957 pelos professores John Davis e Ray Goldberg, da Universidade de Harvard, posteriormente traduzido como “agronegócio”, nunca esteve tão em voga e os seus números econômicos indicam que assim permanecerá por muitos anos.
Apesar da popularidade do termo, a maioria das pessoas o entende de forma equivocada e acredita que ele se refere exclusivamente às grandes propriedades rurais, o que limita a compreensão do setor agropecuário.
O intuito dos professores americanos foi contextualizar para a sociedade da época que o trabalho rural ultrapassa os limites da porteira e faz parte de um sistema robusto e complexo, no qual há inúmeros agentes especializados com diferentes e variados papéis, porém, com grande interação e interdependência.
Compreender o agronegócio sugere também olhar com atenção para as propriedades rurais pequenas e médias, as indústrias de insumos antes da porteira, as indústrias de processamento após a porteira, a rede de distribuição dos produtos e as necessidades do mercado. Esse sistema dinâmico ainda é amparado por organizações, como associações e sindicatos de produtores, e pelas instituições que regulamentam as transações entre os agentes.
A capacidade de enxergar cada cadeia produtiva do setor de forma holística, identificar a dinâmica das transações e acompanhar as mudanças das relações entre os agentes, causadas por intervenções internas e externas, evidencia o espaço e as oportunidades existentes de atuação profissional, além dos processos internos de uma fazenda.
Uma coisa é certa: o setor vive uma revolução na forma de trabalhar e de se relacionar com os seus próprios agentes, outros setores e a sociedade. Produzir focado em quantidade não é mais suficiente para o mercado e para o produtor rural.
De um lado, o produtor rural, pequeno, médio ou grande, sabe que seu negócio só sobreviverá se for viável nas esferas econômica, ambiental e social. E, para tanto, ele investe em novas tecnologias, profissionalização dos seus processos e gestão eficiente dos seus recursos. Do outro lado, as necessidades do consumidor estão em constante mudança, demandas novas surgem a todo instante e o mercado exige respostas práticas às questões ambientais, sociais e de bem-estar animal.
Para as indústrias e as empresas de distribuição atenderem aos seus respectivos clientes, se reinventar se torna inerente a quem atua no agronegócio. Com cinco anos de atuação na indústria de insumos para propriedade rural, observo de forma clara as rápidas mudanças no mercado, o quão rigoroso o consumidor final está e o papel que temos em contribuir com o nosso cliente para que ele continue competitivo no mercado.
Empreender no agronegócio deixou de ser um tema simples devido às necessidades multidisciplinares, o grande leque de atuação e suas particularidades. Os sistemas de aprendizagem, empresas de extensão rural e as instituições de ensino e pesquisa assumem posição de destaque na entrega ao mercado de profissionais capacitados.
O que poucos querem enxergar: o agronegócio tem papel propulsor no desenvolvimento profissional e social brasileiro.
LINK|-|https://drive.google.com/file/d/1atFhg4MUxZX3Bv_avznLOPQbnDnzqFMt/view?usp=sharing|-|5° Edição CGCity!