Qual foi o seu sentimento quando, de repente, mandaram você ir pra casa em razão da covid-19? Produtos se esgotando nos mercados, noticiários 24h por dia alimentando sua cabeça com mortes pelo mundo, desemprego, colapso na economia e na política. Tudo isso acontecendo ao mesmo tempo e você trancado em casa.
No ano do medo, da adversidade e da criatividade, prevaleceu a esperança e a coragem de seguir em frente e se adaptar ao novo cenário.
Para nós, marqueteiros, e também para os proprietários das empresas para as quais trabalhamos, os últimos anos têm sido de tomada de decisões e, principalmente, de agilidade. Nos reinventamos, criamos novos processos em questão de horas, alteramos campanhas em minutos e passamos a viver uma nova realidade a cada atualização de decreto governamental.
Durante esse período, ouvimos vários relatos tristes de donos de negócios que estavam prestes a jogar a toalha e vimos proprietários de grandes empresas fecharem as portas, logo no início das restrições, pela inviabilidade de centralizar todas as vendas no delivery. Na contramão, tivemos clientes que expandiram os horários de atendimento e ampliaram o rol de serviços para manter o negócio em pé, preservando ao máximo colaboradores e empregados.
Houve clientes que utilizaram o próprio Instagram da marca para fornecer “receitas secretas” de produtos comercializados em loja para que as pessoas pudessem ter o alento de matar a saudade do seu bolinho preferido em um momento de paz junto à família. Contamos também com clientes, do segmento da moda, que, em questão de horas, atualizaram seus produtos da loja física para a loja on-line, registrando as peças pelo celular e varando a noite para deixar tudo disponível no site, da melhor maneira possível, para evitar prejuízos com itens parados.
Nessa pandemia, aquela velha máxima “feito é melhor do que perfeito” se encaixou como uma luva. O medo de errar tende a travar nosso cérebro que, consequentemente, deixa de entregar soluções e começa a focar no que é negativo. Com isso, a tendência é de estagnação: pensar demais, agir de menos. E, em momentos como esse, de extremo desafio, não aproveitar o “time” certo pode fazer com que uma marca ganhe ou perca feio.
Nos momentos de adversidade, vence quem toma a decisão mais rápida e logo a coloca pra jogo; é a experiência e o feeling andando lado a lado. Se a escolha foi ou não acertada no primeiro momento, é uma incógnita, mesmo assim é preciso se posicionar: apostar na marca, na verdade da empresa, no produto e na importância do que é feito na vida das pessoas. Porque é disso que as marcas são feitas, de relevância na vida do ser humano.
Os anos vêm sendo duríssimos para todos, mas cabe uma reflexão: momentos desafiadores sempre vão existir, o medo sempre estará presente. Entretanto, vence aquele que aumenta a sua coragem, errando ou acertando. A vida continua e não podemos parar diante das adversidades, é preciso acreditar. O desafio de hoje pode ser a dádiva de amanhã. Good things are coming, stay strong.
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