A nova pediatria: Como adaptar o atendimento de crianças durante a pandemia

Como adaptar o atendimento de crianças durante a pandemia

25/04/2022 00h00 - Atualizado em 18/05/2022 às 20h00

Em consulta, ouvi de uma mamãe que “os pais são os anjos da guarda dos filhos e os pediatras os anjos da guarda dos pais”. Essa definição, ainda que alheia das definições doutrinárias, explica como o exercício da pediatria, na prática, ultrapassa o conceito popular de que somos “médicos de crianças” e demonstra a importância dessa medicina em todo o núcleo familiar, como um dos elos da rede de apoio que envolve a criança.

A covid-19 tem representado o maior desafio global aos sistemas de saúde, tanto público quanto particular. O colapso na rede, aliado à angústia das famílias no atendimento das crianças, criou uma nova demanda que exigiu a criação e o aprimoramento de estratégias de cuidado, com destaque para a telemedicina e o home care. Esses dois campos têm objetivos em comum: melhorar a resposta do sistema de saúde à crise em curso e reduzir a transmissibilidade viral na população pediátrica.

No que diz respeito à telemedicina, são expressivos os benefícios. A medicina humanizada não está no método, nem no emprego dos recursos de alta tecnologia instrumental em ambientes hospitalares sofisticados, mas na pessoa de um profissional dotado das qualidades humanas de empatia, zelo e cuidado afetuoso, ainda que sem a presença física.

São vantagens da telemedicina: a contenção da disseminação da covid-19 e proteção da saúde da população; complementação não presencial do cuidado presencial habitual; redução de distâncias geográficas entre médicos e pacientes que vivem fora dos centros urbanos; diminuição de deslocamentos de pacientes a hospitais, clínicas e consultórios; monitoramento e tratamento remotos de pacientes crônicos; segunda opinião médica e esclarecimentos; economia de tempo; agilidade; redução de custos; aumento da produtividade; entre outros.

No mesmo sentido, o atendimento domiciliar, ou home care, é outro ramo que volta a crescer exponencialmente na medicina, encontrando-se na pediatria um de seus expoentes. O modelo tem a segurança e a comodidade como principal benefício para as crianças, e ainda: rapidez na recuperação do paciente; diminuição de infecção hospitalar; tranquilidade do paciente por estar perto de seus familiares e em sua casa; prevenção e minimização de eventuais sequelas; dentre outras vantagens.

Destinado às crianças e adolescentes que necessitam de cuidados eventuais e específicos, o atendimento domiciliar pediátrico é essencial também para dar continuidade a um tratamento hospitalar, uma vez que o paciente recebe um tratamento especializado por parte do pediatra sem sair de casa.

Com uma urgência mundial contra um vírus altamente contagioso, a telemedicina e o home care para a população pediátrica são, de fato, vias vantajosas para aprimorar a promoção da saúde e prevenção de doenças. Ainda assim, é preciso a compreensão de que essas estratégias não vieram para substituir a medicina presencial, mas complementá-la com o objetivo mútuo dos pediatras: continuar sendo “os anjos da guarda dos pais”, mas agora dentro de suas casas, seja através de um computador ou ao vivo em sua sala de estar.

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