Ao longo dos séculos, a agricultura mundial vem passando por várias revoluções, principalmente em decorrência do êxodo rural e das inovações tecnológicas e de gestão. A atividade mudou da simples domesticação de plantas e animais como fonte de subsistência, para o desenvolvimento de ferramentas e disseminação de técnicas para aumentar a produção.
Contudo, o boom da nova era digital veio com a agricultura 4.0, iniciada a partir de 2010. Foram significativos avanços tecnológicos baseados em hardwares e softwares - a “agricultura digital” - que expandiram a escala e a velocidade da produção, permitindo o aumento progressivo da produtividade dos equipamentos agrícolas e o cultivo mais eficiente das terras.
Aliás, a prova de que a agricultura vive uma evolução constante é justamente o fato de conseguir suprir a demanda crescente por alimento, mesmo com uma oferta cada vez menor de terras e insumos agrícolas. Os próximos anos do agro prometem!
A conquista da inovação e o avanço das tecnologias agrícolas serão essenciais para que a indústria agrícola alimente 9,7 bilhões de pessoas, como indicam as projeções para 2050 - 34% a mais do que é hoje! Há ainda crescentes pressões ambientais e sociais, que exigem práticas agrícolas mais éticas e sustentáveis, como priorizar o bem-estar dos animais e o uso reduzido de produtos químicos e água.
A análise de dados, os sensores conectados e outras tecnologias emergentes contribuem ainda mais para a conquista do máximo rendimento agrícola, com maior sustentabilidade e resiliência da atividade. As tecnologias do futuro (big data, inteligência artificial, drones/VANTS, sensores e máquinas autônomas) também têm trabalhado junto à agricultura para gerar o máximo de dados e ajudar a mudar a forma como se produz alimentos. Será esse o cenário que irá, definitivamente, guiar o futuro do agro.
O monitoramento da lavoura é o pilar de várias outras técnicas inovadoras que têm transformado o campo. Ele possibilita a chamada “agricultura de precisão”, fundamental para definir os momentos de agir no controle de pragas e doenças, na irrigação e adubação e até no ponto de colheita, minimizando os impactos das variáveis climáticas e de fatores externos que podem gerar grandes prejuízos ao produtor.
O maior exemplo de monitoramento são os mapas NDVI, Normalized Difference Vegetation Index. Eles revelam os índices de vegetação por diferença normalizada. Em resumo, as imagens de satélite da propriedade demonstram a saúde e as características da planta por meio de cores específicas.
Ao identificar irregularidades pelas imagens, é possível direcionar as amostragens naquele local, otimizando o trabalho. Em caso de nível de controle, as ações podem ser aplicadas somente naquele talhão ou área afetada, poupando aplicações (defensivos agrícolas) e gastos em toda a lavoura sem necessidade. Isso refletirá diretamente nos custos de produção e no lucro da safra, além de preservar o solo e o equilíbrio ambiental, fora outros benefícios a longo prazo.
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