Provavelmente nunca se falou de imunidade como nos últimos dois anos. Na prática, não é tão simples como a maioria pensa, como tomar um polivitamínico ou um chá de alguma planta. Existe uma combinação de fatores que culminam em um indivíduo capaz de se defender de ameaças pequenas, mas poderosas, como bactérias e vírus, dentre outros microrganismos. Você certamente conhece alguém que sempre está com a garganta inflamada, diarreia ou cansaço excessivo - sinais que podem indicar uma baixa eficácia do sistema de defesa.
Mas, então, como aumentar as chances de ter uma boa imunidade? Em ordem de prioridade, eu coloco em primeiro lugar a alimentação de qualidade - algo que se tornou luxo e caro no mundo todo, inclusive no Brasil. Alimentos processados e ultraprocessados se tornam uma realidade, mas são opções altamente calóricas e baixas em nutrientes.
Alimentos naturais e variados suprem as necessidades básicas para o funcionamento do corpo humano: proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais. Com isso, é possível ter pessoas nutridas sem a necessidade de pílulas. É claro que no dia a dia, muitas vezes, são necessárias suplementações dos macro e micronutrientes. A indústria desse tipo de produto nunca cresceu tanto e tem se valido, por exemplo, de estudos que apontam as vantagens da reposição de vitamina D e Zinco durante a pandemia da covid-19.
Outro fator importante para a imunidade é o sono de qualidade, que se tornou um luxo nos dias atuais, em que o tempo de tela (no celular ou na TV) tem aumentado, exponencialmente, com os anos, associado ao aumento das demandas de trabalho. É no sono de qualidade que hormônios são produzidos. Claro que cada pessoa tem uma necessidade, porém é difícil ter um sono reparador com menos de 6 a 8 horas por noite. Uma pessoa que não dorme bem, certamente vai ter problemas com baixa imunidade em algum ponto da vida.
Diretamente ligado ao sono, temos o estresse, que também gera desequilíbrio nas células de defesa, estimulando a imunossupressão. É muito difícil se livrar do estresse, já que ele praticamente se tornou rotina em um mundo em que uma resposta de WhatsApp que demore mais de 5 minutos é capaz de levar uma pessoa à loucura. Uma boa saída é investir um tempo no que se gosta de fazer, mesmo que haja um custo financeiro. A saúde agradece.
Uma válvula de escape, por exemplo, pode ser a atividade física, que eu classifico não só como importante para ser imunocompetente, mas uma necessidade básica do indivíduo, assim como comer, beber água e dormir. Certamente, quem não se exercita, acelera o processo de degeneração natural, comprometendo a longevidade.
Assim, o primeiro passo para a imunidade é a autoavaliação. Pergunte-se: “Será que meus hábitos de vida estão contribuindo para uma vida saudável?”. Após isso, procure ajuda profissional e não se automedique! Pode ser muito perigoso e causar danos irreversíveis à saúde em caso de intoxicações. Outro bom ponto de partida é se movimentar, trocar o elevador pela escada, usar mais a bicicleta ao invés do carro e evitar alimentos industrializados.
LINK|-|https://drive.google.com/file/d/1e4qyctXJGbyQI6OmF7bT03Zq2AavSRa-/view?usp=sharing|-|2° EDIÇÃO CGCity
