Estamos vivendo um momento que não é uma novidade para nós. Essa não é a primeira pandemia da humanidade nem será a última, já passamos pelas gripes espanhola, aviária e suína. Mas, de fato, vivemos a maior crise sanitária do Brasil na modernidade e mesmo após oito meses do início da vacinação, com a diminuição da média móvel de novos casos e dos óbitos, parece que teremos que conviver com SARS-COV2 daqui pra frente. Contudo, isso não é um problema, já que até o hoje o H1N1 circula entre nós sem causar grandes danos por uma razão: a vacina. Então, por que hoje tantas pessoas têm resistência à vacinação contra a covid-19?
Muitos pensam que a politização da crise é exclusividade do nosso país, mas o fato é que isso tem ocorrido em todo o mundo e contribuído para que o problema se arraste por mais tempo. O conhecimento científico não tem dono e as pessoas estão confundindo opinião com ciência. A tecnologia da informação é importante para o mundo, mas também facilita a transmissão de conteúdo falso.
Antes da covid-19, as pessoas que sempre se vacinaram contra as diversas patologias nunca se preocuparam com a marca das vacinas. Hoje existem vários discursos antivacinas e vou expor alguns para tentar desmistificá-los. Alerto que não vou levar em consideração teorias da conspiração absurdas como as que falam de “Illuminati”, microchips, etc.
O primeiro argumento mais defendido é que o tratamento contra a covid-19 é experimental, pois o tempo de desenvolvimento da vacina foi muito curto em relação às outras. Porém, nunca houve tamanho esforço conjunto simultâneo de tantas nações e da comunidade científica para vencer uma doença. Além disso, a tecnologia nas técnicas utilizadas não é nova, tem sido estudada há muitos anos, e as marcas utilizadas no país passaram por aval da nossa agência reguladora, a ANVISA, que é muito rigorosa nesse tipo de situação.
Outro argumento utilizado é que a vacinação não deve ser obrigatória, com a defesa de que “se vacina quem quer” e a desculpa de que “quem está vacinado não deve se preocupar com o outro” - como se esse tipo de estratégia fosse de proteção apenas individual. As vacinas são desenvolvidas justamente para gerar imunidade de rebanho, não fazendo sentido que apenas uma pequena parte da população seja, de fato, imunizada. Deixo minha ressalva e indignação com os baixos índices de pessoas imunizadas em países subdesenvolvidos que, junto aos negacionistas, acabam contribuindo para o surgimento de novas variantes, como a Delta - que é mais infecciosa que a cepa original de Wuhan.
Minha orientação é: tenha senso crítico e procure fontes oficiais e científicas. Evite se guiar por opiniões. Você não deve acreditar nem nesse artigo puramente, pois o ceticismo faz parte do processo, mas tome a primeira e a segunda dose, analise os gráficos de vacinação e os compare com a progressão da doença. Não podemos vencer patologias altamente contagiosas pensando exclusivamente no aspecto individual. Lembre-se: ao se vacinar, além de estar se protegendo, você estará cuidando da sua família e das pessoas com quem que convive.
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