O MS que produz: Sétimo no ranking nacional de produção agropecuária

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01/05/2022 00h00 - Atualizado em 26/05/2022 às 11h35

Mato Grosso do Sul, até 2004, ocupava 1º lugar na pecuária de corte, com 24 milhões de cabeças de gado. No ano seguinte, o estado foi ultrapassado por Mato Grosso, que até hoje permanece na liderança com 30 milhões de cabeças.

Como o negócio não é caminhar olhando para trás, mas para o futuro, MS pode ser considerado o estado de maior potencial para crescimento agroindustrial e expansão das atividades rurais. No país, Mato Grosso detém 28% da produção agrícola (em especial soja e milho), seguido por Paraná (16%), Rio Grande do Sul (10,5%), Goiás (10,3%) e Mato Grosso do Sul (8%).

Apesar da atual 5ª colocação geral, MS tem uma grande capacidade de crescer no ranking, especialmente no segmento da proteína animal: aves, suínos e peixes. Para tanto, há a necessidade da implementação de programas de desenvolvimento que, além do apoio governamental, contem com a participação dos produtores para qualificação da mão de obra, investimento em estrutura e na organização setorial por meio do associativismo.

Para o presidente da Associação dos Avicultores de Mato Grosso do Sul (Avimasul) Ederson Vicari, o setor avícola tenta se estruturar num modelo de negócio mais organizado, mas existem muitos produtores que não são ligados a nenhuma entidade de classe ou associação, o que dificulta o fomento do setor.

Quanto à suinocultura, MS é o 7º maior produtor do país, com participação de 4,3% na produção. Em 2020, foram abatidos cerca de 2 milhões de animais e há autorização para ampliação de planta de abates do JBS/Seara de Dourados - o que dobrará a linha de produção, de 5 mil para 10 mil cabeças abatidas por dia.

Dados divulgados no fim do ano passado pela Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores (Asumas) apontam que o setor teve crescimento de 54,3% na produção de 2014 a 2020, enquanto, no mesmo período, a evolução no Brasil foi de 29,2%. Nos primeiros oito meses de 2021, MS produziu 1,76 mi de cabeças de suínos para abate, um aumento de 7,22% em relação às 1,64 mi de cabeças abatidas em igual período de 2020, segundo a Famasul.

A piscicultura também percebeu a capacidade de MS, desmistificando a ideia de que peixe aqui só pescando nos rios. Mato Grosso do Sul liderou o ranking nacional dos estados exportadores de tilápia no primeiro semestre de 2021, conforme dados do Informativo da Piscicultura, que indicou que os produtores locais faturaram mais de US$ 2 mi com a venda do peixe ao exterior no semestre, o que representa 37% do total das exportações.

Em junho passado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou a instalação de mais 120 hectares de tanques-rede no lago da usina de Porto Primavera, em Brasilândia, podendo chegar a 500 hectares para criação de tilápia.

Para o futuro que está aí, em 2022, o estado deverá ter a primeira indústria frigorífica de pescados do Brasil, com produção de tilápia enlatada. O empreendimento da Frescomares será construído em uma área de 73 hectares no município de Itaporã, com investimento total de R$ 20 mi e previsão de geração de 120 empregos por turno, com previsão de 3 turnos por dia. Esse é o MS que produz!

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