Economia de guerra: Por que o Brasil está sendo beneficiado, mas os brasileiros não?

-

01/05/2022 00h00 - Atualizado em 26/05/2022 às 11h35

Infelizmente, no mundo moderno, nunca houve um ano sequer sem confrontos armados, sejam eles internos, indiretos, em escala global, com grandes nações como coadjuvantes ou como protagonistas, como é o caso da guerra que vivenciamos hoje. No dia 21 de fevereiro de 2022, ordenadas por Vladimir Putin, as tropas russas invadiram a região ucraniana de Donbass, resultando em um novo estopim para o conflito que se iniciou em 2014. Mas o que essa guerra traz de impactos, benefícios ou malefícios para o Brasil e para os brasileiros? Quais são as reais consequências para a nossa economia e, o mais importante, como se proteger delas?

Bem, sejamos práticos. Como funciona a economia em uma guerra? Nesses momentos, ocorre o que chamamos de “economia de guerra”. Nada genial, não é mesmo? Esse termo corresponde a uma série de práticas econômicas contracionistas, que visam manter as atividades econômicas indispensáveis ao país, bem como auxiliar nas demandas operacionais militares. E o que mantém de fato essas atividades básicas? O básico... as commodities! A procura por minério de ferro, energia, petróleo, gás natural e grãos aumenta drasticamente em tempos difíceis, pois servem como matéria-prima tanto para suprir as necessidades básicas da população, como também as demandas bélicas.

E, quando o conflito envolve a Rússia, um dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que mais exporta petróleo e gás natural para o mundo, o choque entre oferta e demanda para esses insumos fica ainda mais intenso. Mas onde o Brasil entra nisso? Simples, ele é conhecido como o país das commodities! Nossa nação é riquíssima em minério de ferro e petróleo, fora os produtos do nosso agronegócio.

Justamente devido a esse vetor nacional que o conflito tem beneficiado economicamente nosso país. Esse é um dos principais motivos da balança comercial brasileira estar batendo recordes e do dólar dar uma trégua, sendo negociado abaixo de cinco reais.

Entretanto, nem tudo que é bom para o Brasil é bom para os brasileiros. Apesar do superávit financeiro, sabemos da dificuldade que os governantes têm em repassar esse crédito à população, o mesmo problema político de sempre. E quando esse crédito não chega para nós, sofremos com o outro lado da moeda... quero dizer, das commodities, a nossa velha conhecida: a inflação.

Desse modo, pelas commodities estarem na base da cadeia produtiva mundial, quando os seus preços sobem, a maioria da sua cadeia também sobe. Pense só: tudo que usamos ou consumimos exige um deslocamento, há petróleo em sua composição de preço. O mesmo ocorre com os alimentos, que provêm da agropecuária, bem como a maioria dos bens físicos que possuem algum componente de ferro. E o grande problema é que, se nossos ganhos não acompanham esse aumento, diminuímos nosso poder de compra. Então como nos proteger disso?

Em junho de 2019, a Vanguard Research nos deu o pódio da resposta. Em terceiro lugar, os títulos públicos de curto prazo indexados à inflação; em segundo, o ouro e, em primeiro, adivinhe... as próprias commodities! Sim! Podemos usar a causa da inflação como solução para nos proteger dela. Investir em boas empresas que se beneficiam de commodities é o caminho para proteger seu patrimônio do risco inflacionário.

LINK|-|https://drive.google.com/file/d/1jXrbSIrPkAfRzS3tCeD5yrwTFSY3y2oy/view|-|11° Edição CGCity!


Notícias Relacionadas »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp