Infelizmente, no mundo moderno, nunca houve um ano sequer sem confrontos armados, sejam eles internos, indiretos, em escala global, com grandes nações como coadjuvantes ou como protagonistas, como é o caso da guerra que vivenciamos hoje. No dia 21 de fevereiro de 2022, ordenadas por Vladimir Putin, as tropas russas invadiram a região ucraniana de Donbass, resultando em um novo estopim para o conflito que se iniciou em 2014. Mas o que essa guerra traz de impactos, benefícios ou malefícios para o Brasil e para os brasileiros? Quais são as reais consequências para a nossa economia e, o mais importante, como se proteger delas?
Bem, sejamos práticos. Como funciona a economia em uma guerra? Nesses momentos, ocorre o que chamamos de “economia de guerra”. Nada genial, não é mesmo? Esse termo corresponde a uma série de práticas econômicas contracionistas, que visam manter as atividades econômicas indispensáveis ao país, bem como auxiliar nas demandas operacionais militares. E o que mantém de fato essas atividades básicas? O básico... as commodities! A procura por minério de ferro, energia, petróleo, gás natural e grãos aumenta drasticamente em tempos difíceis, pois servem como matéria-prima tanto para suprir as necessidades básicas da população, como também as demandas bélicas.
E, quando o conflito envolve a Rússia, um dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que mais exporta petróleo e gás natural para o mundo, o choque entre oferta e demanda para esses insumos fica ainda mais intenso. Mas onde o Brasil entra nisso? Simples, ele é conhecido como o país das commodities! Nossa nação é riquíssima em minério de ferro e petróleo, fora os produtos do nosso agronegócio.
Justamente devido a esse vetor nacional que o conflito tem beneficiado economicamente nosso país. Esse é um dos principais motivos da balança comercial brasileira estar batendo recordes e do dólar dar uma trégua, sendo negociado abaixo de cinco reais.
Entretanto, nem tudo que é bom para o Brasil é bom para os brasileiros. Apesar do superávit financeiro, sabemos da dificuldade que os governantes têm em repassar esse crédito à população, o mesmo problema político de sempre. E quando esse crédito não chega para nós, sofremos com o outro lado da moeda... quero dizer, das commodities, a nossa velha conhecida: a inflação.
Desse modo, pelas commodities estarem na base da cadeia produtiva mundial, quando os seus preços sobem, a maioria da sua cadeia também sobe. Pense só: tudo que usamos ou consumimos exige um deslocamento, há petróleo em sua composição de preço. O mesmo ocorre com os alimentos, que provêm da agropecuária, bem como a maioria dos bens físicos que possuem algum componente de ferro. E o grande problema é que, se nossos ganhos não acompanham esse aumento, diminuímos nosso poder de compra. Então como nos proteger disso?
Em junho de 2019, a Vanguard Research nos deu o pódio da resposta. Em terceiro lugar, os títulos públicos de curto prazo indexados à inflação; em segundo, o ouro e, em primeiro, adivinhe... as próprias commodities! Sim! Podemos usar a causa da inflação como solução para nos proteger dela. Investir em boas empresas que se beneficiam de commodities é o caminho para proteger seu patrimônio do risco inflacionário.
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