Novembro azul: Veja o que é preciso saber

Veja o que é preciso saber sobre este mês tão importante para a saúde do homem

02/05/2022 00h00 - Atualizado em 06/05/2022 às 19h51

Em tempos de pandemia, a maioria dos holofotes da saúde no Brasil estão focados em doenças infecciosas, mas as principais causas de morte em homens não são virais. São doenças que podem ser evitadas, ou precocemente tratadas, por meio da medicina preventiva - autocuidado mais comum entre as mulheres, do que entre os homens.

Neste Novembro Azul, mês em que se combate e se conscientiza sobre o câncer de próstata em todo o mundo, abriremos espaço na coluna Momento Saúde para falar sobre essa doença, o tipo mais comum de tumor na população masculina e que causa a morte de 28,6% de homens que desenvolvem neoplasias malignas. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (lNCA), um homem morre a cada 38 minutos devido à condição e, em 2020, foram registrados cerca de 65.840 casos da afecção.

Um dos pontos mais problemáticos no combate ao câncer de próstata é o preconceito com os exames urológicos, que podem, se rotineiramente realizados, resultar em um diagnóstico precoce da doença. Eu mesmo, antes de ser médico, sempre escutei piadas e desinformação a respeito disso, perpetuados pela cultura do “só tem doença quem faz exame”. Essa mentalidade só dificulta a maior ferramenta para vencer essa guerra: a prevenção.

Infelizmente, o câncer de próstata demora para dar sinais de que está instalado. No curso de seu desenvolvimento, é comum a doença não apresentar sintomas nos estágios iniciais e só se manifestar quando já está em grau avançado - por isso a prevenção é tão importante. Quando aparecem, os sintomas são: dor óssea, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina e no sêmen.

Quando esses sintomas são evidentes, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada - o que, em neoplasias, é fator que reduz bastante a chance de cura. Se descoberto precocemente, muitas vezes em um “achado” em exames de rotina por “acidente”, a perspectiva de cura chega a 90%.

Vale salientar que o toque retal não é o único e exclusivo método diagnóstico, apesar de, junto com o exame de PSA (que é dosado no sangue), ser um dos principais meios para essa detecção. Existem também exames de ressonância magnética multiparamétrica e biópsia prostática para o diagnóstico, que, além de útil em certas situações, são menos invasivos ao paciente.

Quanto aos fatores de risco para o desenvolvimento da condição, destacam-se: o histórico familiar positivo, de pai, irmão e tio; a maior incidência em homens de pele negra e a recorrência em pessoas com obesidade (doença inflamatória que predispõe o surgimento de neoplasias).

Se você é homem, com mais de 45 anos com fatores de risco ou acima dos 50 anos sem esses fatores, previna-se. Procure um urologista para conversar sobre os exames que devem ser realizados periodicamente e estabeleça com o profissional uma rotina de acompanhamento. A informação salva vidas e fechar os olhos para a sua saúde pode ser fatal. Cuide-se!

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