Liberdade: Período pré-eleitoral já movimenta as instituições e os envolvidos

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02/05/2022 00h00 - Atualizado em 31/05/2022 às 13h25

Recentemente, tivemos o desenrolar de uma situação que poderia ser entendida como normal, se não fosse o chamado período pré-eleições, em decorrência da aproximação da mesma. Em um show com grande número de presentes, um dos astros que se apresentava no palco entendeu por bem expressar sua posição política, não só quanto ao inconformismo, mas em apoio a quem seria uma nova possibilidade. Bastou esse momento para que a polarização, desde muito instalada em nosso país, viesse à tona.

De um lado, os contrários, e de outro, os favoráveis à manifestação. Ocorre que um dos lados entendeu que poderia perder adeptos e correu, via partido político, em busca de amparo no judiciário eleitoral. Aliás, prática que sempre condenou por chamar de intervenção em seu poder e em sua autoridade, mas, pasmem, encontrou guarida em seu pleito, atendido por um dos representantes daquele poder. E comemorou, apesar do resultado prático ter sido pífio ou inexistente.

Essa ação, como não poderia deixar de ser, gerou uma reação que amplificou aquele ato inaugural, definido pelo representante da Corte Superior Eleitoral do Brasil como pré-campanha eleitoral, o que, no dizer do citado ministro da corte, feria a legislação eleitoral pátria. Na verdade, o que vimos em sequência demonstrou que as manifestações e expressões políticas oriundas de artistas, seguidos por legiões de fãs em meio a um show, não correm o risco efetivo de controle pelo judiciário eleitoral. Em um bom português, essa advertência apenas representa censura à liberdade de expressão, ainda que, efetivamente, estejamos às vésperas das eleições.

Não podemos confundir manifestações acaloradas em meio a um show com aquelas que se ambientam em um lugar cuja finalidade é expressar pretensões políticas. Por exemplo, a filiação do presidente da República a um novo partido, em que o próprio classificou como lançamento de sua pré-candidatura à reeleição, sendo aplaudido por uma legião de fãs que acompanhavam o cortejo político-partidário. Esse movimento não foi vetado pelo judiciário eleitoral, mas deveria ter sido. Afinal, não se tratava de um show, ou estou enganado?

Vamos continuar insistindo na tecla de que a liberdade de manifestação política só será possível quando autorizada pela Justiça Eleitoral, ou, como indivíduos que vivem em sociedade, cuja atitude política é diuturna, seguir com nossas vidas e opinar sobre este ou aquele político, que faz ou deixa de fazer o que promete, e aclarar a muitos que, infelizmente, por vezes, vivem alienados?

As eleições se aproximam, e como já dissemos alhures, sem uma reforma política real, que atualize o país a sua nova realidade. Não podemos, repito, não podemos permitir que nossas opiniões pessoais dependam de uma classificação de censura; que nossas ideias e ideais sejam empanados, sufocados, porque não se afinam, não se coadunam com as de outros. Não podemos ser vistos como inimigos, quando nossas opiniões não se amoldam com as de outros, mas sim, buscarmos por meio de um diálogo aberto e democraticamente livre, estabelecer um debate de ideias que nos conduza a um Brasil melhor. Só isso.

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