Economia empresarial: Três fatores que impedem o crescimento do seu negócio

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31/05/2022 00h00 - Atualizado em 08/03/2023 às 12h43

Empresas são instrumentos sociais fantásticos, geram empregos, remuneram seus sócios e agregam valor à sociedade, com seus produtos e serviços vendidos. Entretanto, não é novidade que esses instrumentos são difíceis de ‘’tocar’’ e, muitas vezes, não importa o quanto sopramos, não reproduzem nem um ruído. Sendo assim, citarei os três que mais vejo destruindo a rentabilidade e o valor nos negócios, ou, seguindo nossa parábola musical, impedindo que a melodia seja tocada em alto e bom som.

O primeiro deles é mensurar com precisão as despesas com ativos fixos. Fugindo de termos técnicos, seria como analisar o quanto do seu lucro está indo para gastos com máquinas, equipamentos, imóveis, patentes ou veículos. Muitas academias, montadoras, companhias telefônicas, fabricantes de pneus vão à falência, ou deixam de lucrar por destinar grande parte do seu lucro a essas despesas.

A General Motors, uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo, já usou mais de 400% de seu lucro bruto para cobrir suas despesas com ativos fixos durante muitos anos. Do mesmo modo, a Goodyear, fabricante de pneus, gastou incríveis 950% de seu lucro bruto para cobrir as mesmas despesas. Mas de onde vem tanto dinheiro extra? Simples, de empréstimos bancários e emissão de debêntures. Essas iniciativas acrescentam dívidas ao balanço patrimonial dessas empresas, e mais despesas com juros temporalmente, o que não é nada bom. E, a título de conhecimento, percentuais saudáveis dessa métrica estão perto de 20%, como no caso da Coca-Cola.

Somado a isso, o segundo fator é operar a empresa desconsiderando os custos de depreciação. De longe o item mais ignorado pelas empresas e que mais gera ‘’surpresas’’ nos balanços financeiros. Em verdade, todos os equipamentos, máquinas, imóveis, mobiliários e veículos sofrem depreciação e, apesar de não ser uma despesa que possui ‘’efeito-caixa’’ no curto prazo, ela precisa ser provisionada no balanço, para que quando a academia for fazer a manutenção ou renovação de seus equipamentos de exercícios; a locadora de carro renovar suas frotas; a gráfica trocar suas impressoras; o restaurante reformar o mobiliário e o imóvel; esses empreendimentos tenham dinheiro suficiente para arcar com isso sem prejudicar o caixa e o capital de giro. Caso contrário, contrair dívidas torna-se inevitável.

Por fim, e mais importante, nosso último fator: não elaborar uma estratégia econômica. Muito amplo? Explicarei com exemplos. Assim como a maré influencia na navegação de um barco, a economia interfere nos negócios. Portanto, navegar como se o mar fosse estático transformará sua empresa em um Titanic.

No Brasil, as incorporadoras são as empresas que menos sobrevivem temporalmente, justamente por não operarem conforme a economia. Navegar com uma estratégia econômica sinérgica, correlacionando taxa de juros, poder aquisitivo dos compradores, lei do distrato, banco de terrenos e ano contábil superior ao período de construção é imprescindível para o sucesso longevo desse setor. As pouquíssimas incorporadoras que perduraram agiam diferente para cada período do ciclo econômico.

Nenhuma empresa cresce sem resolver esses três fatores.

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