Sabe-se que diversas pessoas têm o sonho de ter dentes brancos. Quando o assunto é clareamento dental, há uma dúvida frequente entre os pacientes: “qual é o melhor clareamento: caseiro ou a laser?”
Primeiramente, vamos entender o que são as manchas ou tonalidade amareladas, amarronzadas ou acinzentadas que impregnam o elemento dentário. A superfície do esmalte dentário é formada por milhares de cristais de hidroxiapatita, uma superfície de maioria inorgânica e com espaços entre essas partes, onde é depositado os pigmentos advindos dos alimentos.
Sucos, café, vinhos, açaí e afins se degradam em nossa saliva e se depositam entre esses cristais. Assim, gradualmente a concentração de pigmentos passa a ser notada em formas de manchas ou tons amarelados no sorriso, gerando certo desconforto. Muitas tentativas caseiras, para clarear os dentes já foram testadas, como, carvão ativado, cremes dentais que prometem clarear, água oxigenada, água sanitária, bicarbonato de sódio, e até o Renew bucal disseminado entre as famosas. Mas, compreendendo que as manchas não estão superficiais, é fácil entender que essas tentativas caseiras são vãs. Então, como remover esses pigmentos?
Os produtos odontológicos efetivos que degradam os pigmentos alimentares retidos nos dentes, são compostos ou por peróxido de hidrogênio ou peróxido de carbamida. Esses, permeando os cristais, ao entrar em contato com os pigmentos, reagem, quebrando as moléculas pigmentadas e liberando oxigênio, o que permite sorrisos mais brancos.
Normalmente, após ser feita a anamnese, que inclui o estudo da cor do sorriso atual, os dentistas recomendam quantas sessões serão necessárias, em consultório, ou bisnagas, em casa. Os géis clareadores caseiros e de consultório a laser têm suas diferenças, tanto de matéria prima quanto em potência.
Os clareadores em bisnagas, utilizados sob supervisão do dentista, mas realizados em casa, são compostos por peróxido de carbamida, em uma porcentagem de concentração baixa, para que não ocorram acidentes, como deglutição ou queimaduras nas gengivas. Esse método permite que o paciente use a moldeira com o produto por três horas no máximo por dia, retornando ao consultório em uma semana para o profissional avaliar a evolução. Caso o paciente prefira realizar o procedimento em consultório, usa-se então o peróxido de hidrogênio, em concentração maior, pois o dentista está monitorando. Normalmente, são duas sessões de 15 minutos em uma mesma consulta e a quantidade de sessões varia de paciente para paciente.
Entende-se então que, o clareamento caseiro demora um pouco mais para se obter resultados, enquanto o de consultório, o resultado é praticamente imediato. Conclui-se, assim, que a associação de ambas as técnicas é o melhor método, pois o paciente terá resultado rápido e fará a manutenção diária, prolongando o efeito dos produtos. E aos que têm sensibilidade dentária e desejam clarear os dentes, há métodos dessensibilizantes realizados antes do clareamento!
