Procura-se um prefeito! Disputa eleitoral está acirrada para as próximas eleições à prefeitura de Campo Grande

No poder, a prefeita conversa com a direita, puxada por Tereza, mas não deixa de dialogar com Vander Loubet (PT), hoje o político do Estado com mais acesso ao presidente Luís Inácio Lula da Silva

21/08/2023 00h00 - Atualizado em 21/08/2023 às 16h21

Campo Grande está a pouco mais de um ano de escolher o novo prefeito. Parece muito, mas a campanha, ainda que dita “pré”, já começou há muito tempo, com reuniões intensas em bairros. Nas últimas duas eleições, as vitórias foram do Partido Social Democrático (PSD), liderado por Marquinhos Trad e tendo Adriane Lopes (PP) como vice. Agora, a ex-vice e atual prefeita tenta se reeleger, depois que Trad deixou a Prefeitura de Campo Grande para tentar chegar ao Governo do Estado.

Com a saída de Marquinhos, Adriane é uma nova madrinha política. Ao lado de Tereza Cristina (PP), começou a dar novo norte para a vida política e agora briga para continuar à frente do Poder Executivo. No poder, a prefeita conversa com a direita, puxada por Tereza, mas não deixa de dialogar com Vander Loubet (PT), hoje o político do Estado com mais acesso ao presidente Luís Inácio Lula da Silva. Ela tem como principal entrave o próprio peso da máquina, já que foi eleita vice nas últimas duas eleições.

Na briga, também com a máquina, o PSDB tem como pré-candidato o deputado federal Beto Pereira (PSDB). Ele surge como pedra no sapato de Adriane, na busca pelo apoio de Eduardo Riedel. Beto tem como principal missão convencer Riedel de que ele é a melhor opção.

Pesa contra Beto o compromisso de Riedel com Adriane, após apoio no segundo turno da eleição para o Governo. Com o time em campo e realmente jogando junto, o PSDB já mostrou que é forte, embora nunca tenha conquistado a capital. Nas últimas eleições, perdeu com Reinaldo Azambuja para Alcides Bernal; com Rose Modesto, para Marquinhos Trad, e optou por defender Marquinhos, para pagar dívida de Reinaldo Azambuja, também por apoio na eleição para o Governo do Estado.

A terceira máquina, hoje liderada por Lula, começa a definir uma candidatura. Zeca do PT desistiu e deixou o caminho praticamente livre para Camila Jara. Todavia, petistas temem repetir com Camila o mesmo de Bem-Hur Ferreira, estrela petista que acabou se desgastando com sucessivas eleições. Camila renunciou ao posto de vereadora, após dois anos, para ser deputada federal e terá que renunciar ao posto de deputada federal para se tornar prefeita. Seria a terceira eleição consecutiva com o nome na urna.

Sem a máquina, André Puccinelli (MDB) é hoje o favorito em todas as pesquisas, mas também era na eleição passada e acabou nem chegando ao segundo turno. Ele tem como ponto negativo o fato de também liderar no quesito rejeição.

A direita, mais bolsonarista, ainda não definiu a vida na Capital. O grupo tem como possíveis candidatos o atual presidente do PL em Mato Grosso do Sul, deputado federal Marcos Pollon, e Capitão Contar (PRTB). Pollon convidou Contar para se filiar ao PL, para lançar candidato único, mas ele ainda não deu a resposta. O grupo conta com o padrinho Jair Bolsonaro para tentar surpreender na capital.

No campo mais ao centro, seja direita ou esquerda, Rose Modesto (União Brasil), que já disputou o segundo turno na Capital e ficou em quarto na eleição para o Governo do Estado, novos nomes que surgem: presidente da Câmara, Carlão (PSB) e deputado estadual Lucas de Lima (PDT).


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