O mau hálito pode parecer um problema de saúde simples, mas seu impacto social pode ser gigantesco na vida e no bem-estar do indivíduo. A halitose traz sérios problemas de convívio social, pois o cheiro está muito ligado às emoções. O odor desagradável pode provocar repulsa e afastamento, interferindo nos relacionamentos sociais e amorosos. Segundo um levantamento da ABHA (Associação Brasileira de Halitose), aproximadamente 50 milhões de brasileiros sofrem com este tipo de problema, o que corresponde a 30% da população do país. Apesar de não ser classificada como doença, a halitose pode ser um alerta para outros problemas de saúde.
Segundo dados da ABHA, existem cerca de 60 causas distintas que podem levar ao surgimento do mau hálito, sendo então um problema de origem multifatorial. A origem pode ser fisiológica (jejum prolongado, dietas, hábitos alimentares), má higiene bucal, placa bacteriana retida na língua ou nas amígdalas (cáseos), baixa produção de saliva, doenças da gengiva, problemas em vias aéreas (rinite, sinusite, adenoide), estresse ou até mesmo problemas sistêmicos, como diabetes, doenças renais e hepáticas. Fatores como tabagismo, consumo de drogas e bebidas alcoólicas também podem ser considerados como agravantes nas alterações do hálito.
Embora não exista cura, podemos controlar o mau hálito com uma série de hábitos a serem seguidos, além das recomendações específicas do seu dentista em cada caso. Os melhores hábitos a serem seguidos para prevenção desse problema são: a escovação correta dos dentes, o uso de fio dental e também a higienização da língua, assim como evitar jejuns de mais de 4 horas.
De certa forma, este tema causa desconforto. Dizer a uma pessoa próxima que ela está com mau hálito já é difícil, imagine para uma pessoa com a qual a relação não é íntima. Apesar de ser uma tarefa delicada, devemos relatar de forma adequada, como algo natural. Outro fator que dificulta informar a outra pessoa que ela tem mau hálito, é que ela mesmo, na maioria das vezes, não percebe a alteração. Isso acontece devido à fadiga olfatória das células nasais, o que faz com que as pessoas acabem se acostumando com os cheiros. Preconceito, medo de procurar um profissional e a desinformação também atrapalham no diagnóstico e tratamento desse problema.
Muitos relacionam a halitose a algum problema do trato digestivo, mas cerca de 90% dos casos estão relacionados à cavidade bucal, o que falta é a conscientização da população em relação a isso. Depois de descobrir que tem halitose, o mais importante é obter o diagnóstico correto, identificando se o problema é sistêmico ou local (origem na boca). Se a causa for sistêmica, o paciente deve ser encaminhado para um especialista na área. Se for bucal, devem ser localizadas todas as possíveis causas da halitose: gengivites, periodontites, placas bacterianas, cáries dentárias e língua. Fique atento e lembre-se: a vergonha é aliada da halitose.
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