Inteligência Artificial como aliada da educação: As chamadas IAs abrem caminho para novas descobertas e aplicações, proporcionando oportunidades significativas para educadores

13/11/2023 00h00 - Atualizado em 27/12/2023 às 13h13

No mundo onde coexistem papel e caneta com máquinas que possuem habilidade de pensar e aprender através da repetição de padrões, é natural surgirem preocupações sobre essas máquinas se apossarem de empregos e funções. É inegável o impacto da tecnologia!

A Inteligência Artificial (IA) representa um portal de novas descobertas e usos para todos, inclusive para educadores como nós. Inicialmente, surgiu a pergunta sobre como identificar se um trabalho acadêmico era original ou feito pela plataforma ChatGPT, amplamente utilizada para responder perguntas dos usuários. Atualmente, existem ferramentas para detectar plágio e, é claro, os professores conhecem os seus alunos. Tudo é uma questão de tempo e adaptação.

Portanto, ao invés de rejeitar as novas tecnologias, devemos nos aliar a elas e regulamentar seu uso, buscando aproveitá-las da maneira mais benéfica possível para os fins produtivos. É importante discutir como a Inteligência Artificial pode auxiliar na personalização da educação e no uso de tecnologias em todo o sistema educacional.

Cada pessoa aprende de maneira única. Agora, imagine uma ferramenta capaz de compreender nossos padrões individuais, nossas dificuldades na assimilação de conteúdo, nossos desafios e facilidades. Nossos educadores podem utilizar sistemas assim para desenvolver planos de estudo mais eficazes, adaptados às características de cada aluno. Essas ferramentas já existem e são capazes de coletar informações sobre o aprendizado individual. Acredito que em breve ampliaremos o seu uso.

Uma característica interessante da IA é sua rapidez. Enquanto em uma avaliação tradicional levaríamos um semestre para saber se um estudante realmente aprendeu determinado conteúdo, com o auxílio de ferramentas tecnológicas associadas à IA podemos ter uma visão ampla no momento em que o estudante está discutindo e elaborando ideias com os demais colegas, por meio dos padrões de comportamento. Isso nos permite buscar os melhores resultados específicos para cada estudante. Compreendo que seja um tema polêmico, mas antes de tomar decisões sobre o uso de novas ferramentas, é preciso entender a sua aplicação e observá-las em funcionamento.

Outro aspecto menos controverso e já amplamente utilizado é a elaboração de matrizes curriculares através da IA, comparando com grades curriculares de universidades estrangeiras para uma formação específica. Isso melhora o uso do tempo dos professores e coordenadores, permitindo que o empreguem de maneira mais eficiente na preparação das aulas. Uma vantagem adicional é que as atividades mais mecânicas, como pesquisas, revisões de textos, resenha de artigos e correções, podem ser realizadas pela máquina, liberando tempo para debates e exposição de ideias.

É claro que, como mencionado, é necessário estabelecer manuais e diretrizes para o uso de ferramentas tecnológicas e de IA. Ao invés de proibir, devemos explicar como as plataformas funcionam e como podemos verificar se a informação é original ou gerada por uma máquina. A IA veio para ficar, e não podemos fugir disso! Vamos estabelecer uma parceria com ela.


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