Mobilidade dos “imóveis”: O fim da pandemia de Covid-19 trouxe mudanças para o perfil de compradores, imóveis, negociações e dos corretores

14/11/2023 00h00 - Atualizado em 03/01/2024 às 15h04

O mercado imobiliário atual está em constante movimentação, ao contrário do que todo mundo acha. Não está “frio”, nem parado, tampouco com poucas oportunidades de negócio. As negociações estão acontecendo bastante. O que vem ocorrendo é a mudança de perfil dos imóveis que estão sendo vendidos, das pessoas que estão comprando, da forma que está sendo comprado e também dos próprios corretores de imóveis.

Durante a pandemia, você construía qualquer tipo de imóvel que vendia. Por exemplo, uma casa em condomínio, não precisava colocar armário, não precisava fazer paisagismo, porque as casas já eram todas iguais. Só mudava um pouco a fachada e vendia. Hoje, não. É necessário fazer uma casa diferente das outras. Você tem que colocar armário, mobiliar, equipá-la.  

Outra mudança notória é a forma de pagamento. Na época da pandemia, vendia-se imóveis no dinheiro. Agora, é preciso aceitar a permuta. Os compradores, durante esse período, não faziam muita conta. Eles só queriam comprar porque viram muita gente perdendo a vida para a Covid-19. Eles queriam sair do apartamento e buscavam espaço, mais conforto, mais liberdade, então, compravam o imóvel mesmo a pessoa não pegando a permuta dele.

Agora isso mudou: quem não pega permuta fica com o imóvel empacado, porque o mercado não está como antes. O comprador está um pouco mais moderado no comprar. Ele faz a proposta e larga ao cliente. Se o cliente aceitar a proposta, ele vai e compra. Isso também acaba por trazer mudança ao perfil dos corretores que, durante a pandemia, faziam dinheiro fácil com a corretagem. Criou-se um mercado de “abrir portas”. O corretor mostrava o imóvel ao comprador e, caso fosse bem aceito, ganhava dinheiro fácil.

Hoje, não; o corretor para vender precisa criar o negócio, entender de decoração, de acabamento, de arquitetura, de financiamento, enfim, compreender todas as nuances para poder fazer a venda do imóvel. Caso contrário, ele não vende. O atual mercado peneira os aventureiros e deixa apenas os corretores que têm capacidade para o negócio.   

Outra mudança a ser destacada é quanto às regiões de procura. Neste ano, por exemplo, uma das regiões mais procuradas e valorizadas, em Campo Grande, é o Bairro Chácara Cachoeira, que é quase que totalmente comercial, onde estão localizadas as melhores clínicas e escritórios; é um bairro em plena ascensão e valorização, em parte pela proximidade ao Shopping Campo Grande e ao Parque dos Poderes.  

É dessa forma que o negócio está acontecendo. Enfim, temos um cliente mais ponderado para comprar, mas que compra e busca oportunidades. Temos produtos que necessitam de diferencial, tanto na negociação financeira quanto no produto em si. Temos corretores também que precisam de uma gama maior de conhecimento e capacidade para poder vender.


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