Ead e o desenvolvimento: um modelo educacional que não pode parar

13/09/2024 00h00 - Atualizado em 14/09/2024 às 20h14

Você consegue imaginar que o que conhecemos como Educação a Distância (EAD) completará em breve 300 anos de atividade? Pois é! Existe um registro de um curso de taquigrafia por correspondência com data de 1728, anunciado em um jornal de Boston, nos Estados Unidos. De lá para cá, já vimos as aulas acontecer via Rádio, na TV, para o computador e, mais recentemente, para os nossos celulares. A força com que a EAD tomou as nossas vidas e se apropriou do setor da Educação é enorme.

A modalidade que hoje já detém pouco mais de 60% das matrículas da Educação Superior do Brasil teve um novo capítulo contado neste primeiro semestre de 2024. O Ministério da Educação (MEC) suspendeu a abertura de novos cursos de graduação a distância, bem como a gênese de novas vagas e polos EAD, até 10 de março de 2025. Além disso, o Ministério definiu que cursos EAD para formação de professores devem ter metade da carga horária presencial.

Essa medida surpreendeu a todos: estudantes, mantenedoras de Instituições de Ensino Superior, escolas de Educação Básica, sociedade em geral, colocando bons e maus cursos todos na mesma determinação e , sem levar em conta sua entrega, notas e qualidade de ensino.

Quero destacar aqui o que aconteceria se no Brasil nós não tivéssemos EAD. O primeiro ponto que vale ressaltar é que o ensino superior a distância tem ajudado a democratizar o acesso à educação, especialmente para pessoas em áreas remotas ou com dificuldades em frequentar aulas presenciais. Sem ele, muitos estudantes que não poderiam se deslocar para instituições presenciais teriam menos oportunidades de acesso ao ensino superior.

O modelo também oferece flexibilidade de horários e locais de estudo, o que é benéfico para pessoas que trabalham ou têm outras responsabilidades. Sem essas comodidades, seria necessário ajustar as agendas para se adaptar aos horários fixos das aulas presenciais.

A Educação a Distância muitas vezes utiliza tecnologias avançadas e plataformas online que podem enriquecer a experiência educacional. Sem ela, haveria uma dependência maior de métodos tradicionais de ensino e processos avaliativos desconexos com as demandas de formação e mercado na atualidade.

Olhando pelo viés econômico, a EAD pode ser uma opção mais sustentável para muitas pessoas e para as próprias instituições de ensino. Sem essa alternativa, os custos associados à educação superior poderiam ser mais altos, tanto para os alunos quanto para as instituições. Em relação a efetividade de aprendizagem, o ensino superior a distância pode preparar os alunos para o mercado de trabalho digital e remoto, algo que é cada vez mais relevante.

Em um país com dimensões continentais como o Brasil, e em um estado como o nosso, as dificuldades de deslocamento e a falta de instituições em áreas rurais poderiam criar barreiras significativas ao acesso ao ensino superior sem ofertas em EAD.

Atenção: reiteramos que sem o ensino superior a distância, o Brasil enfrentaria desafios significativos em termos de acesso à educação, flexibilidade, e diversificação de opções educacionais e volume de profissionais formados, principalmente professores da educação básica. A modalidade EAD tem desempenhado um papel importante na ampliação do acesso e na adaptação da educação às necessidades contemporâneas.


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