Potencial Integrado: pecuária e florestas de Mato Grosso do Sul

14/09/2024 00h00 - Atualizado em 14/09/2024 às 14h50

Mato Grosso do Sul é, sem dúvida, um caso de sucesso no agronegócio. Com uma trajetória marcada por avanços significativos em produtividade, o estado se destaca no cenário nacional, dentro e fora da porteira. Consegue ser tradicional e inovador ao mesmo tempo ao atuar em culturas como o setor florestal, suinocultura, produção de grão e à pecuária de corte. No que diz respeito à pecuária e floresta, não há dúvidas que se complementam, formando uma base sólida para o desenvolvimento sustentável e a expansão econômica de MS.

Em se tratando de agronegócio, Mato Grosso do Sul foi o primeiro colocado em 2023 na produção de PIB por segmento. A pecuária de corte, que há décadas é um dos motores econômicos do estado, continua a evoluir, diminuindo gradativamente seu rebanho e aumentando o volume de carne produzida, estimulando a produtividade e diminuindo emissões de gases. Produtores locais têm investido em genética de ponta, manejo sustentável, nutrição e tecnologias de precisão, garantindo que MS permaneça na vanguarda da produção de carne bovina de qualidade. Mas para mantermos essa posição de destaque e continuar crescendo, é essencial que os pecuaristas fiquem atentos às inovações e às oportunidades de integração com outros setores produtivos, como o setor florestal.

O setor florestal, que já responde por 17,8% do PIB industrial do estado, tem mostrado um crescimento impressionante. Em agosto deste ano, a multinacional Bracell solicitou o estudo de viabilidade para mais uma fábrica de celulose no nosso estado, que pode ser instalada em Água Clara, isso ao mesmo tempo que a Arauco já inicia as obras de uma unidade no município de Inocência.

Mato Grosso do Sul responde hoje por 24% da produção nacional de celulose. A expansão das florestas plantadas, que já ocupam 1,4 milhão de hectares, reflete o compromisso do estado com a sustentabilidade e a recuperação de áreas degradadas. Esse desenvolvimento florestal não só gera mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos, mas também proporciona um modelo de uso eficiente da terra que, em determinadas situações, pode ser aplicado à pecuária.

A relação entre a pecuária e o setor florestal é, portanto, muito mais do que uma simples coexistência; trata-se de uma sinergia poderosa. Sistemas como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) têm o potencial de aumentar a produtividade, melhorar a qualidade do solo e contribuir para a sustentabilidade ambiental, comprometendo, positivamente, a rentabilidade dos produtores, por meio da diversificação das fontes de renda.

Os avanços de ambos, pecuária floresta, refletem o alinhamento entre governo estadual, instituições privadas e, principalmente, empenho do produtor rural. Contudo, o futuro exige que seus produtores continuem avançando e adotando práticas que integrem as diversas atividades agroindustriais.

Devemos trabalhar e estimular para que os pecuaristas de Mato Grosso do Sul, não percam o ritmo! Mesmo com os desafios que o mercado apresenta em relação a custo de produção de oscilação nas cotações, que muitas vezes desafiam o produtor a “fechar a conta”, é preciso continuar crescendo. E dentro dessa meta de crescimento, sempre se amparar pela ciência e com adesão às novas tecnologias, que possam impulsionar e colocar o produtor rural no lugar que ele merece, o topo do pódio. Este é o caminho para que Mato Grosso do Sul continue a se destacar, como um exemplo de sucesso no agronegócio brasileiro.


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