O saber não pesa, o que pesa é não saber! Com a celeridade informativa e o dinamismo eclético de diversas fontes consultivas, a educação contemporânea pede intensidade em todos os seus níveis educacionais. Independentemente do setor escolar, técnico ou universitário, é requerido dos estudantes que o conhecimento seja cada vez mais socializado, sobretudo porque a formação preconizada nos incipientes capítulos do nosso século XXI pensa e busca colocar o indivíduo em formação como reflexo – talvez a tentativa de um espalhamento – social que esse estará inserido.
A máxima a qual tenho discernido em diversas discussões acadêmico-culturais é de que muitos querem o sucesso, porém poucos, o processo. A contemporaneidade, conhecida por estudiosos como o trânsito pós-moderno, ou seja, este período que estamos experienciando, tem demonstrado que os pontos-de-partida culturais, formativos e políticos estão cada vez mais ancorados à busca do representar social.
Nesse ínterim, os três setores educacionais supracitados reverberam – cada um a seu modo – a correspondência da esteira contemporânea em que muito se discute a necessidade de ser e fazer diferente sem o espectro dialogal para aquilo que se pretende angariar. Na prática, o acesso multifacetado à informação e à grande parte da sociedade prefigura a sensação do domínio informativo, quando em verdade, mascara-se o basilar de qualquer informação no que tange a discussão: aprender para corresponder.
As tentativas ainda não tão assertivas para a efetiva reforma do basilar curricular do Novo Ensino Médio, a disparidade socioeconômica e o colossal espaço geográfico brasileiro são imperativos que alardam a camada mais atingida: o estudante contemporâneo. Devo destacar que o conceito de contemporaneidade está para além do sinônimo daquilo que chamamos de atual, bem como, qualquer possibilidade de correspondência vigente apenas, pois, os reflexos contemporâneos são esses que nos reúnem neste debate fluente. Se a formação em seus diversos níveis educacionais busca formar para as correspondências social e profissional, como definir essa mensuração em um país de pluriformas e culturas ao nos depararmos com as nossas brasilidades?
Os diversos saberes formativos contemporâneos estão percorrendo um caminho só de ida para o futuro que já começou. Arrolo este debate para a crítica situação que vemos por parte de muitos docentes brasileiros. A exemplo metafórico, reflito que um veículo só pode trafegar, comumente, quando está abastecido com a combinação em suas demais fluências mecânico-motoras. Nesse viés tiritante, como poderia um docente transmitir qualquer conhecimento ou informação estando ele desatualizado, ou por melhor dizer, desabastecido? Nesse prisma, não se pode caminhar com práticas faraônicas pelas calçadas contemporâneas quando o assunto for formação intelectual na vigência inquietante do nosso século XXI.